sábado, 3 de abril de 2021

Maya Angelou, histórias que fazem parte da História


 
Marguerite Annie Johnson nasceu em 4 de abril de 1928 no Missouri (EUA). Seu nome artístico, Maya Angelou, sendo uma combinação entre um apelido de criança e uma variação do sobrenome de seu primeiro marido.

Hoje, Angelou é mais conhecida como escritora, tendo escrito mais de 30 livros e ganhado mais de 50 títulos honorários. Porém, antes de se tornar escritora, Maya Angelou trabalhou como cozinheira, garçonete, prostituta, dançarina, atriz, dramaturga, editora de um jornal no Egito, cantora de Calypso (um gênero musical afro-caribenho) e atriz. Tudo isso antes dos 40 anos!  


 
Como ativista dos direitos civis, Maya Angelou trabalhou com Malcom X e Martin Luther King Jr., além ensinar História Americana na Wake Forest Universtiry e servir em dois comitês presidenciais, em 1975 e 1977. Em 2010, ela recebeu do então Presidente Barak Obama, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honra concedida a civis nos EUA.

 
De acordo com a jornalista Oprah Winfrey, "Maya Angelou não é o que fez, escreveu ou disse, mas como ela fez tudo isso. Ela navegou pelo mundo com uma calma e confiança inabaláveis, uma graça indômita e amor transbordante".
 

Muito antes de se tornar escritora, Maya já fazia história. Aos 16 anos, ela se tornou a primeira condutora de bondes mulher em São Francisco. Ela conta que sua mãe a acompanhava durante as viagens "com sua pistola no banco do passageiro" para ficar de olho nela.

Angelou também foi a primeira mulher afro-americana a se tornar membro do Sindicato de Diretores da América. Ela se afiliou em 1975, pouco depois de escrever o filme Georgia, Georgia (1972), sobre um romance inter-racial, mas foi oficialmente reconhecida em 1998, com Down with the Delta. O filme conta a história de uma mãe que manda seus filhos de Chicago para morar com a família numa fazenda no Mississipi para aprenderem sobre suas raízes.
 
 
Maya Angelou foi indicada cinco vezes ao Grammy, e ganhou o prêmio três vezes. Ela também foi indicada ao Tony de melhor atriz coadjuvante em 1973.

Já sua fama como escritora começou quando foi convidada para recitar um poema na cerimônia de posse do então presidente-eleito Bill Clinton em 1993. Ela cresceu em Stamps, Arkansas, a cerca de 30 minutos de Hope, o local de nascimento de Clinton, e seu trabalho o lembrava da quitanda do avô dele em um bairro predominantemente afro-americano. "Quando li I know why the caged bird sings, eu sabia exatamente de quem e do quê ela estava falando no livro", ele disse.
 
 
Seu livro mais famoso, a autobiografia I know why the caged bird sings (1969), trata de um assunto não discutido na época, mas muito relevante no dias de hoje: estupro e os traumas dele decorridos. No caso de Maya, desencadeando inclusive um período de cinco anos em que ela ficou muda.

Angelou escreveu sete autobiografias, a última delas publicada apenas um ano antes de sua morte "Eu provavelmente vou estar escrevendo", ela disse, "quando o Senhor disser, "Maya, Maya Angelou, está na hora".


*Adaptado de: 5 things to know about Maya Angelou's complicated, meaningful life. Em: https://time.com/5226045/dr-maya-angelous-90th-birthday/

Nenhum comentário:

Postar um comentário